A história dos balões
Os balões (ou bexigas) estão presentes em diversas formas no nosso dia a dia, seja em festas infantis ou em ações de marketing, por exemplo. Mas você já se perguntou como surgiram os balões, ou melhor: qual é a história dos balões?
Esse é o tema do nosso blog de hoje. Preparado para uma volta ao tempo e um pouquinho de história? Então vamos lá!
Os primeiros balões
A história dos balões começa nos séc XIV á XVI (1401-1700) remonta a história que os Astecas utilizavam as vísceras de diferentes animas que infladas tinham o aspecto de um balão com diferentes tamanhos e formatos, mas com pouca elasticidade que era tida como brinquedo definindo esse advento como um fato, para a época que antecede a era de borracha chamaremos de Pré balões.
Nesse mesmo período Galileu Galilei (1564 a 1632) em um de seus experimentos inflou a bexiga de um porco para medir o peso do ar. As bexigas infladas de animais foram usadas também em jogos, por crianças indígenas e esquimós, sendo que em sua maioria as bexigas eram de animais marinhos.
1709
O primeiro balão foi inventado pelo padre brasileiro Bartolomeu de Gusmão que tinha como objetivo algo maior, a sua primeira exibição pública foi para o Tribunal Português em 8 de agosto de 1709, onde apresentou protótipos de 05 experiências com balões de pequenas dimensões construídos por ele para poder desenvolver balões de ar quente.
1779
O químico e físico Jacques Charles redesenhou as formas de balões de ar quente e inventou a linha de válvula dentre outros equipamento para acondicionar gases, escreveu a Lei de Charles que consiste que o volume constante em determinada massa de gás é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta ou constante. Foi o primeiro a usar hidrogênio para encher balões aerostático que só era usado em balões de ar quente, o hidrogênio é um gás altamente inflavel.
1783
Na França, Robert construiu o primeiro balão de hidrogênio, projetado por Jacques Charles. Mais tarde naquele ano, os irmãos Montgolfier demonstraram os seus próprios desenhos entrando para história dos balões.
O surgimento do balão de borracha
Em 1824 o balão de borracha foi inventado pelo Professor Michael Faraday para experimentos com hidrogênio no Royal Institution em Londres. A borracha é extremamente elástica”, escreveu ele no Quarterly Journal of Science no mesmo ano. `”Sacos fabricados com isso … foram ampliados por ter ar forçado para dentro deles, até que a borracha era muito transparente, e quando expandida por hidrogênio foram tão leve quanto à forma de balões com poder ascendente considerável….”. Faraday fez seus balões cortando duas folhas de borracha definidos em conjunto e pressionando as bordas junto.
A borracha tacky soldados automaticamente, e no interior do balão foi esfregada com farinha para evitar que as superfícies opostas se unisse.
1825
Balões de brinquedo foram introduzidos por Thomas Handock, na forma de “Kit faça você mesmo”, (kit do-it-yourself ) que consistia em uma garrafa de soluções de borracha e uma seringa de condensação. O balão de brinquedo é um brinquedo muito antigo – onde as crianças flutuavam os em torno de cordas, essa modalidade de brinquedo tem mais de cem anos. Algumas décadas atrás, quando apareceu balões longos, mais conhecidos como balões lápis, os mesmos eram manuseados e transformados em animais pelos mágicos.
1847
Os balões de látex mais familiar aos de hoje em dia foram os primeiramente fabricados em Londres por J.G. Ingram que fabricou os primeiros balões de borracha vulcanizada, mas a produção em massa desse produto só ocorreu em 1930.
1914
O Hidrogênio e hélio eram usados nos balões fascinando o mundo, por permitir que os balões flutuassem. Foi nesse período que Faraday fez algumas experiências usando hélio, hidrogênio e balões, o resultado apresentou ao público o perigo do uso do hidrogênio nesse brinquedo, pois tinha característica de altamente inflamável apesar de ter um décimo a mais de elevação ao flutuar do que hélio, sendo por isso substituido pelo gás hélio por esse gás trazer maior segurança ao público. Um fato marcante dessa época é que o corpo de bombeiro tentava a todo custo combater os balões, pois um brincalhão tentou explodir a decoração da cidade acarretando queimaduras graves em um funcionário, além de trazer sérios danos a cidade. Em 1922 foi baixada uma portária oficial em Nova York proibindo o uso de hidrogênio nos balões
1920
Surge a arte de torcer e esculpir balões que apenas tornou popular com o advento dos balões membranosos na 2a. Guerra Mundial, os balões foram criados no Japão e importados pelos EUA como uma novidade barata e curiosa, a qualidade dos balões era baixa, então apenas experts poderiam manusear e esculpir sem que eles estourassem, pois a borracha era mais pesada e o pequeno diâmetro como eram feitos eram difícil de inflar, mesmo assim milhões desse produto foram vendidos, sendo distribuidos via correios. Não demorando muito para as industrias americanas desenvolverem e projetarem a idéia em suas industrias.
Arte com balões
Ainda na década de 1920 os modernos balões de látex foram inventado na Nova Inglaterra durante a Grande Depressão por Neil Tillotson que perdeu o emprego como resultado da Grande depressão, ele era engenheiro químico, que frustrados em suas tentativas de fazer tubos internos do líquido do látex, experimentou rabiscar a cabeça de um gato em um pedaço de papelão e mergulhou-o no látex. Quando secos, Neil Tillotson tinha um “balão de gato”, completo, com as orelhas. Ele fez cerca de 2.000 balões e vendeu-os na rua durante o desfile anual de Boston Patriot Day.
Os balões de gás passam a ser utilizados na publicidade por Helen Warny que tornou-se líder neste campo fundando a empresa Balloon Toy em Nova York onde usou balões luminosos, balões que flutuavam em desfile, e em vitrines da moda. O pico de seus esforços foi quando ela lançou 50 mil balões cheios de hélio de uma vez. Cada um foi impresso com o nome de um anunciante e teve um tag que ofereceu um prêmio.
1931
A empresa de Tillotson inventou as máquinas de látex de alta velocidade de mergulho que tornou possível a invenção de luvas de exame de látex que se encaixam nas mãos na década de 1960
1933 -1934
Os balões foram usados na Dança, houve a necessidade de desenvolver balões especiais para usos especiais pelas pessoas, com uma bomba de pé foi usado para inflar o balão em um momento “crítico” na dança. Sally Rand foi pioneira no uso de balões para a dança, dançou na Vila italiana da Feira Mundial de Chicago 1933-1934.
A partir da década de 50 surge a era Balões Twister balões de borracha com cores brilhantes e com preço acessível, comparado aos balões dirigíveis, o inventor deste balão é desconhecido, mas sua origem abriu a porta para uma nova arte, os balões skinny-twister que hoje são usados pelos escultores de balões. No final de 1970 a empresa Mylar desenvolveu para New York City Ballet uma especie de balão metálico da cor prata, feitos a partir de um nylon metalizado e bem mais caro do que os balões de látex.
1973
A estação espacial Skylab começou a superaquecer em órbita e a Nasa ia ficando cada vez mais preocupada com a possível quebra de equipamentos e perda de comida. Os engenheiros da Nasa entraram em contato com uma empresa de Nova Jersey chamada National Metallizing em busca de ajuda para criar um defletor de emergência para o Skylab. Até então o processo de metalização era usado principalmente na indústria de brinquedos e de enfeites para árvores de Natal. A Nasa percebeu que aquelas lâminas metálicas finas e brilhantes tinham potencial para refletir calor. Trabalhando juntas, a Nasa e a National Metallizing criaram um guarda-sol refletor que uma equipe espacial instalou sobre o Skylab. Surgiu desse estudo com a NASA os Balões Metalizados com um novo conceito e tecnologia para a “metalização” de plástico que nos deu balões folha ligadas a Missão Espacial NASA. A indústria do balão usa o nome como “folha” balões, porque eles são feitos de folha de nylon, revestida numa face com polietileno e metalizado por outro.
Na atualidade o desenvolvimento tecnológico das empresas fabricantes de balões de látex transformaram esta arte em magia com cores nas festas e decorações, dando glamour em eventos e ocasiões especiais.